A Charlotte III
Minha querida Charlotte,
Será que desfrutas de um novo amor, minha querida? Por isso então abandonaste o nosso? Desertaste nosso enleio por uma volátil aventura? Pois se é vero, não devias te intitular madura visto o quão infantil foi tua sensatez!
Não bastou, a ti, meu tão alentado amor e minhas constantes juras que só patenteavam o quanto eu te venerava, olvidando, às vezes, de mim para te fazer feliz?
Não fui para ti um verdadeiro amor, então? Ah, minha doce Charlotte, assim cometerás um assassinato indireto! Não vês que sem ti não há graça alguma nesta vida? Não vês que longe de ti não vivo? Não vês que minha alma não é nada sem a presença da tua? Será que não vês, Charlotte?
Seu Lord Solrac.
João Pessoa, 18 de fevereiro de 2007.