Desencontro amoroso aos 16 anos. (comentário sobre o texto da Victory: "Um sonho")
Desencontro amoroso aos 16 anos.
Oi Victory...
O desencontro amoroso é exatamente o que você descreveu. É luto, é morte, é a dor da perda de um grande amor...
São essas "pequenas" grandes dores existenciais que nos humanizam mais, nos deixam mais sensíveis, nos catapultam ao crescimento...
O escritor inglês Elliot certa vez disse que escrever é se livrar da emoção. Realmente é isso mesmo...escrever é libertar o coração desses sentimentos intensos que aprisionam a alma, é jogar sobre o inocente leitor essa carga impossível de carregar sobre os ombros sozinho( __se os leitores soubessem disso...não sei não...ficariam chateados com a gente...), é encontrar na leitura sócios de misericórdia para sua dor, é diminuir o sofrimento, aliviar, abrandar, essa extraordinária via crucis que nada mais é do que viver. É “exorcisar” o corpo de um espírito que exilado da alma do escritor, torna-se um “ente” isolado, um “ser” psíquico expatriado da pessoa. Um ser que não é “mal assombrado”, que não é “alma penda”, mas que anda vagando a ermo pelo inconsciente coletivo, pelos livros, pelas folhas de papel procurando uma moradia.
Parafraseando cazuza, o texto após seu término, após a sua conclusão, após o ponto final, é como um “Maior abandonado, sem pai nem mãe perdido na porta da sua casa, pedindo um pouquinho de proteção”...o texto que cortou o cordão umbilical da matéria, após o nascimento, logo no choro da vida encontra guarida na água e no sal de outros olhares. São tempestades de afeto, olhares embaçados, frestas, vazamentos emotivos de uma represa chamada razão. Um texto lido é um outro “alguém”diferente do autor, um outro “alguém” divorciado da matéria, que acaba encontrando asilo-emocional no coração dos leitores(porque não dizer que são seres parazitários, pescadores de alma que se alimentam de sensações quimicas, físicas e psíquicas)...
Concomitantemente, o ato de ler e escrever, é o soro que cura a picada da cobra, é o antídoto que ameniza os males causados pelos complexos, é a companhia que expulsa a solidão, é o antiinflamatório existencial que faz do silêncio um tempo de inspiração, é o remédio que transforma a depressão em impressão e expressão...
Então Victory, escrever é esse troço todo aí, sei lá entende?!!! É expropriar o pesar, é ser fio terra na hora da descarga elétrica, é uma fonte inesgotável de energia, fonte de energia emocional.
O Brasil detém a tecnologia de ponta para extrair uma energia nova. Tanto o bio-dísel, como a energia aproveitada do bagaço da cana de açúcar. Ambas são opções alternativas para combater a poluição e a afetação da Fauna e flora dos eco-sistemas. O aquecimento global é assunto da agenda mundial. Usinas atômicas, Hidrelétricas, termoelétricas prejudicam de mais a vida do planeta ...”Quem dera se a energia emocional pudesse ser transformada para acender as luzes da cidade!!!!” Essa sua por exemplo, esse seu texto carrega energia suficiente para resolver o “apagão” de toda a Argentina.
Então a dor do desencontro amoroso aos 16 anos só poderia gerar essa escritora sensível chamada "Victory".
Ao se deparar com as palavras expressadas pela dor desta adolescente sensível, já não importa mais a intenção dela, "autora". Há uma transferência de autoridade sobre o texto...cada leitor se apropria de suas palavras, de sua interpretação, de suas emoções Victory. Cada leitor, de posse do seu texto, agora formam uma nova visão de mundo...o mundo particular de cada um.
Escrever e ler palavras tão somente compõe o ato mais sublime de “SOLIDARIEDADE”. É compartilhar afeto, acolher o outro, abraçar a vida na sua intensidade.
Victory, continue nessa sua missão...encare-a como um ministério, o sacerdócio mais santo da sua vida: O de transmitir em palavras seus sentimentos mais íntimos.
Saiba: __As suas experiências aliviarão as inquietações de outros.
Abs de revellion no seu coração!!!!