V.
O que decidimos hoje, pode ser o que pomos em causa logo, sem necessitar esperar por amanhã. Aconteceu quase isso ao ler-te, sem que este quase tenha causa, no sentido de algo a defender, manter ou (a)provar. Ele vai no provir, deixo-o ir. Torno-me hermético, deixo de respirar, morro. Morro de favela... com(o) qualquer ideia ligando a outra.
Li e não consegui ficar indiferente, escrevo. Tendo já escrito "ao ler-te" e escrevendo agora "Li", tu própria, lendo-me, quererás saber: o quê? Desarmante interrogação, capaz de questionar qualquer veleidade de manter velado o lado público do que é dado a ler. Vou dizer, li:
«bom entrar no texto; ser personagem dele e decifrá-lo aos poucos».
Mais que dizer, sinto-me na obrigação de mostrar como estas tuas palavras me tocaram. Você não fez mais que ir ao encontro do meu desejo mais sincero e profundo nas letras, partilhar o mundo. Na verdade, não sei se é verdade, mas soa tão bem que procuro ecos no além e o seu além procuro. Quando a beleza nos toca, é fácil acreditar. Por isso a Fé, o Paraíso, tudo que nos dá "a volta ao juízo"! O que nos convence, o que vence.
Escrever a Narrativa Simples na escrivaninha é capaz de ser um despropositado propósito, fica na Paz. Vou virar-me para a minha poesia e para a poesia do Assim, sendo que a diferença entre uma e outra é por vezes nenhuma. Mesmo se, sobre a poesia do Mesmo, dei por mim a escrever...*, brinquei?
*:
«Qualquer coisa digna duma icnografia mística e misteriosa, uma lágrima de fogo ou uma pomba do Espírito Santo assistem Assim na sua inspiração poética. Digo eu que não sei, mas assim procuro "fundamentos" para a identificação da sua identidade literária e heterónima.»
Depois da iconografia religiosa evocada neste texto, amanhã publicarei um poema do Assim sobre a Fé. Beijos e Até!...
+
"sabor_e_ar" - Assim - Poesias
http://www.usinadaspalavras.com/index.html?p=ler_texto&txt_id=7154&cat=15
Curioso cruzar esta leitura com "Ar"
http://poemas-nus.blogspot.com/2005/10/ar_112847805379502665.html