A Charlotte II
Minha querida Charlotte,
Por que não voltas, amada minha? Há dias que espero, consternado, resposta tua, e não posso doar esperanças à crença de que tenhas te convencido que a distância seja a decisão mais sensata; apenas fará sangrar nosso jovem amor, deixando-o amargurado e bastante lacerado!
Não devo crer em tal hipótese, pois em tuas juras, as quais tão fervorosas quanto as minhas, condenavas o fim do nosso tão sólido amor. Mas afinal que significa solidez se for fato que abandonaste para sempre nosso romance?
Por muito ainda será minha espera? Não sejas cruel com nosso amor, adorada Charlotte! Volta que por ti suspiro de saudades...
seu Lord Solrac.
João Pessoa, 25 de janeiro de 2007.