DISCURSO AO INVISÍVEL


Eu gosto da dúvida da vida. Prefiro ela do que as certezas. As certezas me lembram fins. Os fins excluem os riscos. Viver é um risco. Eu gosto de esconder, de procurar, de ter o que imaginar, gosto das coisas que não se mostram, gosto de discursos contrários, porque o contraditório é o que gera, mantém e acende um bom debate de ideias, o intrigante provoca uma boa discussão, eu gosto de algo que vai chegar. Talvez por que no meu imaginário as perguntas esperneiam diante de respostas bifurcadas e complexas, ou talvez porque nunca prefira os redondinhos. Prefiro o fazer, o contradizer, o renovar o tronco, a dúvida, o recolhido, a noite, o tempo futuro, a palavra gasta não tem mais o que gastar.

A Palavra é trama, que inflama, diz, contradiz, convida, chama, a palavra a gente usa e quanto mais usa ela estica, expande, recria-se, não gasta.




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Serpente Angel
Enviado por Serpente Angel em 26/06/2016
Reeditado em 30/12/2019
Código do texto: T5678762
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