CARGAS EMOCIONAIS DO INCONSCIENTE?
O celular marcava 19h30, mas na verdade já eram 20h30. Tinha que correr, tomar banho. Arrumando umas coisas, perguntei ao meu irmão Pedrinho: “dá pra tu me deixar no aeroporto? Eu te ajudo com o combustível! Por favor, se não eu vou perder o voo!”. Neste momento eu estava em uma casa, que seria a de minha família, e minha mãe estava no sonho. E também o meu pai.
Saí procurando banheiro, passei por vários que não tinham chuveiro. Cheguei num bem grande (esse tinha chuveiro), encontrei Elizete, uma amiga do ensino médio, lavando-o. Pedi para usá-lo e ela, muito simpática, me disse que sim. Foi o banho mais rápido que já tomei. Mas, saindo do banho, entendi que já não era mais possível viajar.
Andando por uma rua larga, encontrei Angélica, minha prima, e contei a ela meu desespero. Meu voo era 21h08. Falei pra ela que já nem poderia mais embarcar, pois faltava menos de meia hora.
O curioso é que, antes desta parte do sonho, vivi outra cena. Eu estava na casa da Aurenive, uma amiga, com você, mas estava tudo certo com relação a horários. Ainda era cedo, e ela ligou para um amigo que me levaria de táxi até o aeroporto por R$7,00. Achei bom o preço da corrida e fiquei feliz, pois deduzi que estava perto do aeroporto, então não havia risco de perder o avião.
E na casa de minha amiga, você e eu estávamos felizes, namorando. A gente se beijava muito e eu era a mulher mais feliz do mundo.
Em meio aos dois episódios, apareciam minhas amigas do SESI: Camila, Vânia e Ritinha. Estávamos no Iguatemi. E eu tinha a impressão de que de lá até o aeroporto era possível chegar em pouco tempo. Inclusive eu teria que demorar por lá, para não chegar muito cedo ao aeroporto.
A viagem, desta vez, não era para lhe encontrar, até porque você já estava comigo. Eu ia para algum lugar mais longe, como se fosse para o exterior, com umas amigas do Círculo de Escritores.
No final, falando com Angélica, eu dizia que ia ver com a companhia aérea se eu poderia cancelar os bilhetes e, quem sabe, embarcar no dia seguinte.
No fundo eu entendia que havia perdido a viagem por algum motivo e que, embora não entendesse, eu deveria aceitar.
Além dessas memórias, a vaga e confusa lembrança de alguns cenários que sequer consigo descrevê-los.
Quando acordei meu celular marcava 4h30. Levantei, peguei caneta e papel e registrei o que consegui lembrar do sonho. E voltei a dormir. E sonhei, de novo, com você. Estávamos num forró e, adivinha quem tocava a sanfona?
Conclusão de tudo isso: você tumultua minha vida!