A CARTA
12 de maio de 2016 08:15
Como vai Gustavo?
Eu sei que está bem. Como eu sei? Não sei. Simplesmente sinto.
Todas as vezes que sinto sua presença, eu me sinto bem, então, tudo bem.
Então, estou te escrevendo porque não tenho coragem de te falar, mas preste bastante atenção, o assunto é muito sério:
- Você se lembra daquela vizinha, dona Maria de Lima, exatamente. Aquela que fazia aqueles bolinhos de polvilho ‘maravilhosos’, pois bem. Você se lembra da filha dela, aquela gordinha (que não está tão gordinha), isso mesmo a Vitória, ela ficou viúva. Adivinha quem tem chance com ela agora?
Isso mesmo, você. Ela está linda, sempre foi. Você sempre foi apaixonado por ela e está é a sua oportunidade. Eu me lembro como você encheu a cara no dia do casamento dela. Você deu o maior vexame. Eu achei até que o noivo ia bater em você. Mas ele foi um gentleman; você? Um troglodita. Mas eu me lembro também do olhar da Vitória para você. Ela sentiu compaixão, porque sabia que eram vexames de um homem apaixonado.
Meu amigo é sua chance. Ela ficará somente alguns dias na casa da dona Maria. Se você demorar: ‘bau-bau’. Entendeu né?
Faça alguma coisa por vocês. Por você, por ela, por mim..
Beijos, estou te esperando
Vitória