Dos nossos silêncios
Não vou
Não vens
Por quê não vou, não sei
Por quê não vens, não sei
A vontade de ir é tão grande, tão grande!
A vontade que venhas é tão grande, tão grande!
E eu não te peço que venhas
E não me pedes que eu vá
E não vamos, nunca, talvez,
Dizer-nos por quê
Não vou
Não vens
Tão perto e tão distantes
Nós, e os nossos silêncios...
Até onde o meu é a causa do teu?
Até onde o teu é a causa do meu?
Só sei que não vou porque não consigo
Só sei que não vens e é este o castigo
De sermos iguais
São teus estes incertos,
Desengonçados versos
E todos os que virão
Para que saibas, um dia,
Quando eu não estiver mais aqui
Que mesmo sem saber a razão
Sempre quis ir mas não pude
Sempre esperei que viesses.