De Dilma a Michel (03)
Querido:
sem a vinda do Bessias, fiquei sem notícias tuas neste finde. Felizmente, sintonizada na Globo, pude ver-te na entrevista dada ao Fantástico. Continuas impecável no trajar e no falar. Se me permites uma singela observação, de amiga do coração e de co-eleição, é muita modéstia de tua parte usar a expressão "penso eu...". Creio que podes bem pelo poder interino e uterino que tens ser majestático dizendo, ao invés, "pensamos nós...", não só porque ambos formamos sempre uma só voz, bem como, o momento é atroz, e cumpre desatar todos nós.
A tua firme disposição em cogitar reconsiderar a nomeação de algum pupilo eventualmente envolto em irregularidade é exemplar, e sem par. Não pode haver contemplação para o deslize de um direto e dileto auxiliar. A alma da gente até se amarrota, mas em casos desses cumpre sacrificar até um Patriota.
Marco Aurélio dos romanos, foi o imperador filósofo, bem sabemos. O meu, é também consabido, tem o vezo de aliar-se aos nouveau-pauvres, por formação e opção preferencial que fez. Graças ao seu trabalho diuturno e ferrenhamente fiel, pude contrabalançar a vocação ao glamourismo do pessoal da carrière.
Não vou tomar-te mais tempo. Meu chimarrão já está na cuia, e tens aí uma jornada de muita instrução à pupilagem que, embora gente de experiência comprovada, requer um direcionamento em nome da homogeinização.
Beijinhos na Chela e no Michelzinho