A incrível sensação de transbordar
Não temas, doce menina
Tire o sapato, deixe a água abraçar seus pés,
até que se acostume e se entregue a natureza.
Olha que linda vista e os passarinhos que nos presenteiam com seu canto!
Deixa a roupa pra lá, permita que a água te purifique e seja parte dela.
Você é livre aqui e essa paz que narras é parte de você.
O que te faltava era o cheiro de mata
e o doce som das cachoeiras.
Se permita! Por isso, grite o quanto quiser
e sorria sem se importar que alguém se escandalize com seu modo de estar feliz.
Não é assim que se sente? Transborde!
Brinque feito criança! Deixe pra amanhã esse mundo confuso e essas gentes lá de fora.
A natureza é talvez sua parte mais bonita.
Seus olhos brilham feito a lua e seu sorriso está radiante!
Leve contigo esse brilho.
Será que consegue viver mais um pouquinho com essa calma na alma?
Se não puderes, não tardes a voltar, minha pequena.
Você precisa de vida e sua alma grita pra que nunca se esqueça de relaxar, de ficar algum tempo deixando a vida passar enquanto você descansa.
A vida segue seu fluxo, minha pequena.
Por isso aproveite e brinque o quanto puder.
Esse momento é um dos lindos instantes nesse breve parêntese do existir.
Você precisa partir. Mas não tardes a voltar.
Mas enquanto estiver longe, tire o sapato do pé,
Dance até que a canção te liberte
e permita que sua alma baile até alcançar a Grande Montanha.
Não negue a vida que pulsa.
Transborde, minha pequena.
A natureza é parte de você.