São Só Palavras?
São só palavras
Ontem à noite ao pensar em você me embriaguei com as lagrimas que nasciam em meus olhos e morriam em minha boca, tinha tantos sentimentos, mas não sei dizer se perdido entre eles estava o amor.
Lembrei-me do aconchego de seus braços, do gosto do seu beijo...
Mas ao sair de minhas lembranças, em minha boca estava o amargo gosto das lagrimas por alguém, que nem sei se, se quer sabe que existo, ou que há sentimentos em mim.
Eu, que sou pequena diante de tanta dor...
Eu, que pouco falei, mas muito, muito senti!
Em quanto meu cigarro queimava, escrevia nas cinzas que caiam o nome, que eu não podia pronunciar.
Na fumaça eu tentava ver o seu rosto...
Não a verei mais, ao tragar o caminho da morte, sentia-me só, não sabia onde você estava, onde poderia te encontrar e se soubesse o caminho de sua voz eu iria percorrê-la noite adentro, até chegar a sua boca rosada... Sabor de pecado? Não sei...
Eu permaneceria ali, o copo em minha frente continha coragem, coragem essa sempre momentânea, e que traz arrependimentos...
Não... Não me arrependo, sim há lamentos, poucos...
Se me dissesse ao menos... NÃO.
Mas não me diz nada, não sei se para matar tamanho sentimento ao para tornar-me menor que a dor...
Parece tudo tão triste, è apenas um ponto de vista, pois sinto que minh´alma dança ao virar o copo e em um só gole matar a coragem.
È tudo abstrato... São só palavras?