Ramiro
TRANSCREVENDO!
«a estupidez escrava da lucidez»*...
Vou mandar "circular" dos fascículos de Narrativa Simples, gostava de saber:
qual a sensação de leitura... do leitor? Anónimo, neste binómio:
escrita/leitura.
Lembrando Fernando Pessoa:
«o binómio de Newton é tão belo como a Vénus de Milo»
Deixemos a ficção correr de feição, ela corre e ocorre nas palavras, na cabeça de quem as procura. Não vale a pena andar atrás das pessoas se são elas que têm que... caçar, captar, capturar, calibrar, acabar por... as fazer. Seja lendo ou ignorando, as palavras ignoradas não ficam goras, estão (a)guardadas!...
Vamos na parte II-1, fascículos até hoje:
0- apresentação
http://www.recantodasletras.com.br/cartas/54838
1- Zen
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/55035
2- Onde a água é como uma égua correndo...
http://www.recantodasletras.com.br/cartas/55329
3- Rô
http://www.recantodasletras.com.br/cartas/55688
*Ramiro Conceição
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poesia – Assim – Poesias
http://www.usinadaspalavras.com/index.html?p=ler_texto&txt_id=7103&cat=15
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NARRATIVA SIMPLES – 4
Parte II-1
{à parte: esta segunda Parte está dividida em duas partes: Consequência e Sequência; Consequência vai de 1 a 5, Sequência vai de 6 a 15; por sua vez, Consequência está subdividida em I e II, vamos entrar em I [quem não gosta de Matemática... não ligue a esta (nota - a a) parte];
ainda dizer... não se conseguem visualizar os capítulos, aqui numerados em algarismos, com destaque... fica feito... o destaque}
CONSEQUÊNCIA
I
1
Oito dias depois...
Deixo para amanhã o que não me apetece fazer hoje, amanhã é o segundo dia do ano que começou hoje ontem, já passa da meia-noite. As histórias não terem moral é a moral desta história amoral, comecei as minhas Lendas e Narrativas, tudo o mais são cantigas...
LENDAS E NARRATIVAS
Tempos houve e tempos haverá, assim foi e assim continuará. Assim nasceu Assim, filho dos tempos. Tempos que passam e não voltam, Assim cresceu sem pais. Filho duma raça nómada de nome e morada, Assim...
Quem é Assim? O que faz Assim? Onde pára Assim?
Assim não pára, saiu aos pais mas deixou-se ficar para viver como a gente. É agente de Seguros ou coisa que o valha; não sei ao certo, é o incerto personagem desta história.
Um dia começou a escrever as suas Lendas e Narrativas, rezam assim:
1
BRINCO
Sou poeta antes dos versos, escrevo versos. Geralmente começam ao vento, para onde os lanço com o pensamento. Papagaios de papel de mil cores, sou poeta porque sofro (como quando se tem de lutar para o papagaio voar, falar, dizer - Olá! Não é gelado, frio, morno ou quente...) ou brinco
orelhas que me levassem
pendurado a baloiçar
enquanto te beijo e vejo
o teu pescoço onde brinco
imaginando-me brinco
Os meus poemas são assim, como eu Assim. Este é Brinco, não é um brinco: Brinco.
2
Volta não volta, volta e meia, imagino uma ideia para ir dela para além dela: esta é Além. Além é alguém que resolveu escrever variadissimas histórias - às vezes - escritas sem história.
ALÉM
Se é Além ou Assim a escrever, Ignoro? Todas as palavras são personagens daquilo que escrevo, secundárias se não tropeçam no palco e para elas se dirigem as luzes dum luminotécnico que - às vezes - de olhos fechados comanda os destinos da voz grafada na grafia. Mesmo de olhos fechados o corpo sente o movimento e segue-o, cego apalpando o rosto onde depara com a sua cara: vê-se.
Longe das sequências...
Longe das sequências do som,
onde a voz diz palavras,
registo as consequências
ainda de as sentir
Pego no silêncio e,
sem si, nele assoo
Quando acabei de passar o que acabaste de ler ganhei balanço para começar, come... Para que tempo iria o verbo? Fica outro, no Presente do Indicativo!
Como a carta ainda pode ser maior, ninguém a impede, de ontem: