CARTA
07:37 Abril/2016
E daí? O que decidiu?
Desculpe-me. Não devo iniciar uma carta assim. Não foi assim que aprendi. Mas aprendi que devo ser sincera quando estiver escrevendo para quem a gente ama. Você entendeu? “Para quem a gente ama”. Eu não amo você o suficiente para jogar tudo para o alto e gritar: ‘vamos ser felizes para sempre’, até porque eu tenho o pé no chão e um espelho enorme. Eu simplesmente estou curtindo esses sentimentos loucos, desconcertantes e ao mesmo tempo deliciosamente perigoso.
Ah... se você soubesse como às vezes me sinto ridícula. Mas tudo bem, o desejo nos deixa vulneráveis. Será? Tenho minhas dúvidas. O meu maior desejo é ser correspondida por você. Mesmo que só .... esquece, eu não quero pensar assim. Não quero pensar em ser, sei lá o que. Não eu quero sim. Eu quero que me engane. Eu quero que me olhe, mesmo que isso... quem escreveu. Minhas mãos fora do controle. Perdi o controle sobre minhas ações, sobre os meus pensamentos.
Vou te falar uma coisa, preste bastante atenção: “ontem, quando estava dirigindo, pensei em você ao meu lado. Raptar você. Por isso te perguntei se estava livre à noite. Eu ia sequestrar você. Sei que não é uma atitude de quem diz ter pés no chão, mas é uma atitude louca de quem precisa ser notada.
Não precisa ficar com medo, jamais faria algo contigo que você também não desejasse. Eu tenho até medo de imaginar o que faremos juntos. Você é muito especial para mim. Me dá uma chance. Dê uma chance para nos conhecermos, para nos amar, ... amar não... nos possuirmos. Pense nisso. Se, por um acaso, surgir o arrependimento, ao menos não estaremos nos arrependendo de algo que não fizemos. Se tivermos a oportunidade não vamos jogá-la no lixo. O que você acha? Estou aguardando a sua resposta.
Beijos...
07:56