carta de um bobo sentimentalista
as vezes as despedidas são ao meu estilo.
bem melodramáticos.
fui , não sei ao certo criticado por este tal sentimentos.
disseram me, tu és um ser sentimental demais.
por chorar de mais.
dizer e demostrar total fragilidade.
ao silêncio em quem me ponho ,incomoda até a mim.
a dor invade a minha alma,como se fora partida ao meio.
sentimento profundo de dor.
rasgando a minha carne.
passando por todas as camadas de pele existentes.
até dividir também os meus ossos.
coração nem sei se suportaria tamanho buraco.
não existe tempo que o cure.
não existe palavras que o torture...ainda mais.
já vive a sombra de um passado ,de um ilusório amor.
temo não ser o este o caminho a seguir.
os nervos em frangalhos.
as lágrimas ardem ao cair na ferida aberta.
o sentimento de desamor lhe corrói as entranhas.
consideração não há.
tais sentimento também não.
foi-se tempo perdido a dois?
as promessas e declarações ,precisaria de papel passado?
o que houve com o poder da palavra dita?
com o aperto de mão.
com cruzar dos dedinhos.
com o eu juro?
e o pacto de sangue.
as juras de amor?
realmente eu sou um bobo sentimentalista.
a vida não é um lindo comercial de margarina.
os sorrisos não me foram verdadeiros.
os olhares e as promessas talvez não eram para mim.
a jura de um amor infinito,além,muito além do infinito.
se acabou...
acabou em outros braços e abraços.
beijos.
tentando preencher um grande vazio que talvez nunca existiu.
e se existe o meu amor ,meu carinho e minha amizade talvez não eram tão grande quanto eu imaginei que os fosse.
então eles foram morrendo aos poucos dentro de mim.
E no fim desta carta de um pobre bobo sentimentalista.
Rio,31/03/2016
vania araujo
chris lopes