Meu caro Sidney,
Há mesmo uma enorme diferença entre Joaquim Silvério dos Reis e Delcídio Amaral. Silvério dos Reis delatou os Inconfidentes - em 15/03/1789 - entre eles Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, e ficou livre, rico e respeitado como figura honorífica da Corte. Delcídio, não. Delatou seus iguais 227 anos depois, em 15/03/2016. A coincidência das datas não é mera Inconfidência. O caso dele parece mais com uma “vingança premiada”. Um "coitado" que já sofreu nas hostes do PMDB (como ministro de Itamar), do PSDB (como gerente de uma área da Petrobrás no governo FHC) e agora do PT (como líder do partido no governo Dilma). Tornou-se um delator por extrema necessidade, depois de trancafiado por ter sugerido a fuga do seu amigo e velho parceiro Cerveró. Amigos desde os idos de 1995, ligados pelas grandes transações financeiras petrolíferas. Para livrar-se das grades, resolveu entregar todos os seus pares, aqueles com quem foi conivente nos pecados inerentes à carreira política que ainda detém. Seu único prêmio será o cumprimento de reduzida pena em sua própria casa, em liberdade apenas vigiada por uma incômoda tornozeleira. A história o ressuscitará no livro martirológio dos que pereceram sob as leis dos poderes em voga. Pelas verdades ou inverdades que a sua vingança expeliu, e ainda expelirá, e pela inevitável e irremediável traição, merece compaixão por parte dos seus ex-aliados. Mas, para os oportunistas, aqueles que hoje se dizem de oposição, merece fé e veneração.
Cada um escreve, à sua maneira, a página que lhe reserva a história do nosso País.
Quando a guerra é política, estritamente política, DECIDE o AMORAL.
Forte abraço.
Há mesmo uma enorme diferença entre Joaquim Silvério dos Reis e Delcídio Amaral. Silvério dos Reis delatou os Inconfidentes - em 15/03/1789 - entre eles Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, e ficou livre, rico e respeitado como figura honorífica da Corte. Delcídio, não. Delatou seus iguais 227 anos depois, em 15/03/2016. A coincidência das datas não é mera Inconfidência. O caso dele parece mais com uma “vingança premiada”. Um "coitado" que já sofreu nas hostes do PMDB (como ministro de Itamar), do PSDB (como gerente de uma área da Petrobrás no governo FHC) e agora do PT (como líder do partido no governo Dilma). Tornou-se um delator por extrema necessidade, depois de trancafiado por ter sugerido a fuga do seu amigo e velho parceiro Cerveró. Amigos desde os idos de 1995, ligados pelas grandes transações financeiras petrolíferas. Para livrar-se das grades, resolveu entregar todos os seus pares, aqueles com quem foi conivente nos pecados inerentes à carreira política que ainda detém. Seu único prêmio será o cumprimento de reduzida pena em sua própria casa, em liberdade apenas vigiada por uma incômoda tornozeleira. A história o ressuscitará no livro martirológio dos que pereceram sob as leis dos poderes em voga. Pelas verdades ou inverdades que a sua vingança expeliu, e ainda expelirá, e pela inevitável e irremediável traição, merece compaixão por parte dos seus ex-aliados. Mas, para os oportunistas, aqueles que hoje se dizem de oposição, merece fé e veneração.
Cada um escreve, à sua maneira, a página que lhe reserva a história do nosso País.
Quando a guerra é política, estritamente política, DECIDE o AMORAL.
Forte abraço.