ESCOLHAS

Quando pequena me perdia confusa em meio as brincadeiras

Tão livres e inocentes, mas imprevisivelmente decisivas

Ironicamente aquele momento lúdico da minha infância me perseguiria

Por tantos caminhos, por vezes tortuosos e espinhosos

Por hora apenas eram rosas e sem pedregulhos

Inevitavelmente seria simples escolher e caminhar por entre as rosas

Não! Como poderia prever que sua imagem era enganosa e ilusória?

E como dói descobrir que decidir é muito mais complicado

Que apenas fechar os olhos e escolher entre pedra, papel ou tesoura

Eu cresci e aos poucos fui percebendo que em cada escolha feita

Uma voz infantil lá no fundo da minha alma me dizia baixinho

“Você errou! ”

Anos e anos ouvindo essa mesma voz que aos poucos deixava de ser

Tão doce e inocente para se tornar cruel e assustadora, temi

O medo então tornou-se meu instrutor e mal conselheiro

E depois de tanto tempo seguindo caminhos a mercê do imprevisível

Me vi como em um conto de fadas e a “Alice” finalmente olhou-se no espelho!

E de verdade, por inteira, sem as amarras do tempo e fora do “buraco”

Mas principalmente ela saiu do esconderijo sem medo

E aquela voz cruel e enganadora agora era a voz da minha consciência, do meu “chapeleiro maluco”… A voz da minha intuição

Que me dizia “Siga seu coração, acredite em você mesma!

Encare a sua vida com a leveza e a inocência da criança de outrora

Que quando erra começa a brincar outra vez...

Drica Barreto

Drica Love Barreto
Enviado por Drica Love Barreto em 13/03/2016
Código do texto: T5572444
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