A ASCENSÃO

Algo ascendeu, mas não brilhou, pois, o brilho não era de quem ascendia, para o lugar para o qual eles ascendiam. De longe não era possível ter ideia do que era, mas quem estava por perto logo soube: eles cumpriram a missão dele e, agora, ascendiam para o limite deste mundo. Subiam em direção ao céu e, além dele teriam os novos desafios, uma nova vida.

Aqueles que ficaram não entenderam, não naquele momento, mas um dia entenderiam. Ao invés disso estavam preocupados com seu egoísmo. Queriam aqueles que subiam por perto, custasse o que custasse. Não queria vê-los ascender, queriam eles consigo. Não por inveja ou competição, mas por não entender que amar é estar livre, inclusive para cruzar os limites desse mundo.

Ascendiam, mas não sabiam. Logo descobririam: eles haviam conseguido. “Parabéns”, alguém dirá, “Vocês avançaram um grau na evolução, agora vocês podem escolher continuar evoluindo nos outros mundos ou ficar e ajudar este a evoluir. A escolha é de vocês”.

Ninguém sabe o que é a perfeição. Nem se preocupam com isso. A ideia de perfeição pertence somente a quem ainda precisa evoluir. É somente um parâmetro para que aqueles que ainda não evoluíram saibam para onde devem caminhar, para onde a evolução está.

Eles ascenderam e uma estrela acendeu no céu. Agora eles olham por nós. Rezam por nós. Zelam por nós. Eles escolheram ficar e ajudar.