Começo, meio e chegou ao fim.

"Não fique triste porque acabou, mas fique feliz por ter acontecido". É isso mesmo? Essa é a frase mais clichê que existe, é tão frio que parece não saber o quão doloroso é pra quem escuta. Seria bom se os relacionamentos viessem com um manual de instruções e nele conter um parágrafo específico com regras que ensinasse a como esquecer sem sofrimento.

Sabemos que a base de uma boa relação é fundamentada no respeito, na honestidade e sinceridade. Apesar de ter essa concepção não agi conforme esses valores, pois fiquei me enganando quando falava que estava 'de boa', quando pensei que pudesse controlar o que sentia... mas controlar o quê? Se nem ao menos sei o que estou sentindo, aliás, pela primeira vez em minha vida não sei definir os meus sentimentos, vai ver essa seja a definição do amor. A única certeza que tenho é do vazio que você deixou, como se faltasse algo, falta você.

O fato é que eu me envolvi, mas não existe uma dosagem certa igual a de um remédio conta gotas para que possamos dosar a medida de nos entregar.

Difícil mesmo é comprender... como que fatores que nos uniram não foram capazes de despertar nada em você, nossas afinidades não significaram nada na hora da decisão do grande vidente que prevê o futuro.

Você disse: "vida que segue", é simples seguir como se nada tivesse acontecido pra quem não sente nada. O que me resta até esquecer é me entristecer com a dúvida de que o motivo pra tudo isso seja a existência de um outro alguém, que esteja vivendo uma paixão assim como viveu comigo, que esteja considerando ser sua alma gêmea também, se já tirou a nossa música do toque de chamada do seu celular, ou se já me retirou dos seus contatos favoritos, se ainda me segue nas redes sociais... como dói imaginar tudo isso e acredite, a imaginação flui e o pensamento é inevitável, mas é o que eu tenho até a "vida seguir" sem você.

Luciana Reis Viana
Enviado por Luciana Reis Viana em 05/03/2016
Reeditado em 05/03/2016
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