L'Ádieu

É quase amanhecer. Disponho-me a esquecer.

Quantas dores e tormentos n'Alma se acumulam sem necessidade

quando a ordem é ser feliz na simplicidade e no calor da própria Vida!

Simplesmente Viver.Acordar dos pesadelos que fazem escurecer a mente e entorpecem os sentidos.

Tão pobre o Espírito sem a noção do bem.Esparsas linhas não comportam mais as dores vividas.

Mas quem as quer?

Tombo Minh"Alma sobre o passado e não o quero mais.

Retiro de mim os sonhos frustados e os bem... mal- desejados.

Arde a mente retalhada no cansaço exaustiva de tentar compreender o que não tem compreensão.

Como gota de orvalho ao cair num lago manso...a vibração serena que desliza, se esvai.

Sentidos não os tenho mais. Torpes alucinações, perdidas ilusões.

De onde vem este ressoar sentido,pálido e esgueiro?

Luzes que nem acendem mais.

Quem me dirá? Nãos os quero mais.

Gritem vozes dentro de mim! Que querem mais de mim?

Repudio o sentir que traz a tristeza,o abandono e a solidão.

Ah! quem não os terá? Quantas máscaras haverá?

Perdoa-me pobre pensar.Disseste-me uma vez: "Quiça"!

Repousa-me nostalgicamente o pensar. Dir-te-ei embora não o queiras:

"L Ádieu"!

Berta Novick
Enviado por Berta Novick em 29/02/2016
Reeditado em 29/02/2016
Código do texto: T5558574
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