A Charlotte I
Minha querida Charlotte,
Se visses meu peito já arfando de tanta saudade enquanto escrevo, talvez pensasses duas vezes em medir distância da nossa paixão; quem sabe resignar-te-ias tal idéia...
Teu perfume, teu sorriso, teus lábios sedutores e abraços; de tudo sofro falta. Hás de recordar das noites sob a lua nas quais nossos corpos fundiam-se formando apenas um; a transfiguração do romance e dos desejos.
Minha graciosa Charlotte, se pudesses enxergar que és nada menos que minha apoteose, não pensarias muito em voltar tão fugaz quanto partiste; voltarias aos mil sorrisos ardendo de paixão!
Tornarias aos meus tão ansiosos braços...
Seu Lord Solrac.
João Pessoa, 07 de janeiro de 2007.