CARTA PARA TINA
Tina, eu escrevi essa carta para você.
Preste muita atenção,
ela é quase uma canção!
Nunca se esqueça desse teu "irmão".
Tina, escrevi essa carta, baseada nas coisas
que gosta de imaginar.
Como acordar em uma fazenda,
sentindo o puro ar;
aproveitar a exuberante vida,
sem se arriscar e sem se machucar!
Leia a carta calmamente, sem pressa,
pois daqui quero ouvir o teu cantar.
Tenho notado que você não tem falado
muito comigo.
Acho que, o que te atrapalha é esse jeito tímido.
Penso às vezes, que você deixou de ser a minha amiga,
para entregar as minhas lembranças à ventania.
Sinto uma imensa saudade
daqueles momentos de fraternidade!
Em que dividíamos as músicas e as poesias
nas ensolaradas tardes!
Quero continuar sendo o teu melhor amigo,
para que eu possa preencher essas linhas contigo.
Tina, o que nos prejudicou foi o distanciamento.
O tempo quis apagar os nossos pensamentos!
Mas é impossível se esquecer dos dias maravilhosos,
dos dias de fraternidade,
dos dias da nossa amizade!
Gostaria que guardasse essa carta no fundo
do teu coração,
para que quando nós nos encontrarmos,
compor uma nova canção.
Quando eu estiver andando em alguma estrada,
quero que você me apareça de repente!
Para que eu deixe de escrever longas cartas!
Quero que a tua imagem fique bem presente,
para que nós revivamos aqueles dias!
E que o nosso distanciamento seja
uma coisa passada.
- Gabriel Eleodoro
Rio de Janeiro, de 21 a 25 de fevereiro de 1999.