Crusin'
Os sinos da alienação tocam e, eu, tenho medo de dormir por causa dos gritos ensurdecedores do pastor.
Sinto medo de ser assassinado pelo meu pai, quando eu fizer sucesso como escritor. - Como Marvin Gaye.
Não tem como disfarçar. - Eu ainda, te amo e te quero aqui, Fran.
Você me faz chorar e sorrir na mesma proporção, mas eu, tenho medo de você desligar na minha cara quando estiver do outro lado da linha.
Tenho medo de você me rejeitar mais uma vez, como todas as vezes que você me rejeitou.
Mas preciso de você. - Não só por uma noite, um dia ou, uma vida.
Pode ser semanas, meses e anos. - Depois, a gente vê no quê, que dá essa porra aí.
A menina que eu me apaixonei de novo, não vai vir nunca.
Então, tem de ser você. - Fazer o quê? Também, não queria.
Tô cansado de esperar o que nunca irá acontecer.
Você está doida pra vir, também. - E eu, quero que você venha.
Sempre quis.
Talvez eu, só precise descansar, os meus traumas bateram demais em mim hoje.
Talvez, eu esqueça de te ligar por causa do Borderline.
Mas se você vier, saiba:
- Vou continuar tomando os meus remédios.
- Fumando cigarro e maconha.
- Bebendo, de vez em quando.
- E dormindo tarde.
Pois, a minha vida é assim. - De todos os escritores marginais, são.
Ou, você acha mesmo que o Zack Magiezi gosta de passar roupas?
Ele é como todos nós. - Barbudo, sujo, não deve tomar banho há dias ou, há meses. E fuma pra caralho.
Pois, somos pós-Bukowski, lemos Bukowski quase a vida inteira. - E eu, o li quando você foi embora.
E seremos assim pra sempre, pois, somos apenas melancólicos sem eira nem beira.