Carta aberta ao Senhor Pai – 10.01.2016
Carta aberta ao Senhor Pai – 10.01.2016
Meu Senhor, Pai de todos nós, bom dia.
Eu estava completamente em dúvida sobre escrever esta cartinha, daí por que já de início vou pedindo desculpas por qualquer heresia aqui cometida, porquanto não é de propósito, eis que jamais passou pela minha cabeça a vontade de ferir àquele que foi ferido por todos nós, a fim de salvar a humanidade sempre tão pecadora.
Mas vamos ao assunto. Eu tinha absoluta certeza que a minha mãe, que também se chama Maria, estava repousando com muita tranquilidade aí no Céu, sob os cuidados dos anjos nomeados por você. Veja bem que esse tratamento que lhe estou dispensando é próprio entre amigos, e tenho absoluta certeza de que sou seu camarada, embora mantendo o grau de respeito que você me merece.
Sabe querido Mestre, ontem eu sonhei que a minha velha mãezinha – aliás, na realidade eu a vi – estava sofrendo por demais, vivendo num quarto deprimente, desprovido de qualquer conforto, igualzinho ao que ela ocupava quando em vida, pois a nossa família era paupérrima, chegando mesmo a passar necessidades em momentos difíceis na caminhada ao longo em direção a você, o nosso Cristo bondoso e fraterno, especialista em conceder o perdão a todos quantos dele venham a necessitar. Além do mais, sozinha, sem o seu anjo protetor, mal vestida, faminta e desesperada, como que em véspera de despedida dessa vida no firmamento.
Talvez tenha ela sido vítima de alguma alma perdida, que guardou em seu coração mágoa dela aqui na terra e agora esteja se vingando da minha pobre mãezinha, que nenhuma inimizade fez neste mundo com quem quer que seja, e disso nós – eu e você – temos certeza absoluta. Lembro-me do esforço que fazia para ajudar a criar sua prole, sujeitando-se a manusear um ferro de engomar, deveras pesado, na base do carvão vegetal, para ganhar algum dinheiro e aumentar a renda da família, cujo patriarca era um simples operário daqueles que ganhavam apenas um salário-mínimo por mês, insuficiente para a manutenção de uma mulher e seis filhos, mostrando ser uma senhora honrada, modesta e pura como a mãe de Jesus.
Eu peço por tudo o quanto é sagrado no mundo que você dê ordens a seus comandados para que mudem essa situação o mais depressa possível, dando-lhe o real tratamento que merece. Ressalto que, se preciso, você poderá me levar para junto dela a qualquer momento, a fim de que eu possa até mesmo reparar os erros que cometi não dando pra ela, em vida, tudo que poderia ter repartido, mesmo com sacrifícios.
Finalizo meu Deus com a certeza de que não só atenderá o meu pedido em favor da minha genitora como também fará melhorar o dia a dia de todos que habitam aí consigo nesse paraíso momentaneamente desassistido, na graça de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Amém.
Imagem da Internet/Google. Em havendo direito autoral favor me avisar, pois a retirarei.
Eu estava completamente em dúvida sobre escrever esta cartinha, daí por que já de início vou pedindo desculpas por qualquer heresia aqui cometida, porquanto não é de propósito, eis que jamais passou pela minha cabeça a vontade de ferir àquele que foi ferido por todos nós, a fim de salvar a humanidade sempre tão pecadora.
Mas vamos ao assunto. Eu tinha absoluta certeza que a minha mãe, que também se chama Maria, estava repousando com muita tranquilidade aí no Céu, sob os cuidados dos anjos nomeados por você. Veja bem que esse tratamento que lhe estou dispensando é próprio entre amigos, e tenho absoluta certeza de que sou seu camarada, embora mantendo o grau de respeito que você me merece.
Sabe querido Mestre, ontem eu sonhei que a minha velha mãezinha – aliás, na realidade eu a vi – estava sofrendo por demais, vivendo num quarto deprimente, desprovido de qualquer conforto, igualzinho ao que ela ocupava quando em vida, pois a nossa família era paupérrima, chegando mesmo a passar necessidades em momentos difíceis na caminhada ao longo em direção a você, o nosso Cristo bondoso e fraterno, especialista em conceder o perdão a todos quantos dele venham a necessitar. Além do mais, sozinha, sem o seu anjo protetor, mal vestida, faminta e desesperada, como que em véspera de despedida dessa vida no firmamento.
Talvez tenha ela sido vítima de alguma alma perdida, que guardou em seu coração mágoa dela aqui na terra e agora esteja se vingando da minha pobre mãezinha, que nenhuma inimizade fez neste mundo com quem quer que seja, e disso nós – eu e você – temos certeza absoluta. Lembro-me do esforço que fazia para ajudar a criar sua prole, sujeitando-se a manusear um ferro de engomar, deveras pesado, na base do carvão vegetal, para ganhar algum dinheiro e aumentar a renda da família, cujo patriarca era um simples operário daqueles que ganhavam apenas um salário-mínimo por mês, insuficiente para a manutenção de uma mulher e seis filhos, mostrando ser uma senhora honrada, modesta e pura como a mãe de Jesus.
Eu peço por tudo o quanto é sagrado no mundo que você dê ordens a seus comandados para que mudem essa situação o mais depressa possível, dando-lhe o real tratamento que merece. Ressalto que, se preciso, você poderá me levar para junto dela a qualquer momento, a fim de que eu possa até mesmo reparar os erros que cometi não dando pra ela, em vida, tudo que poderia ter repartido, mesmo com sacrifícios.
Finalizo meu Deus com a certeza de que não só atenderá o meu pedido em favor da minha genitora como também fará melhorar o dia a dia de todos que habitam aí consigo nesse paraíso momentaneamente desassistido, na graça de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Amém.
Imagem da Internet/Google. Em havendo direito autoral favor me avisar, pois a retirarei.
Ansilgus