PEDIDOS NO LABERINTO
A duvida me consumia e a certeza me corroeu
O imaginar me torturava e ver a realidade me abriu feridas
O medo me trazia pesadelos a falta dele me tira o sono
Caminho percorrido passo a passo sem correr nem pular
Mas ai tua companhia tomo um atalho
A solidão se instala na minha alma
A felicidade lugar a tristeza
Sinto o sorriso sumir e as lágrimas brotarem
Culpo um terceiro, culpo você e me culpo
Olho no espelho achando defeitos
Para em silencio o coração acelera
Puxo pela memória velhos arquivos do passado
Momentos bons e ruins confundem-se
Paro na beira do caminho a contemplas a paisagem
Antes colorida hoje preta e branca
Ouso o vento e mais nada
Nenhum cantar de pássaro ou qualquer outra vida
O cenário e o deserto na ignorância do desrespeito
Como pensar em futuro
Quando o passado foi fantasia
E o presente uma mentira
Agora horas depois dos acontecimentos
Minha visão esta turva
Meu paladar amargo
No ar o aroma e um cheiro enjoado
Meus ouvidos parecem escutar palavras distantes
E aqui imóvel por medo de sentir o tato
Que antes queimava minha pele de paixão
E agora gelaria ate meus ossos
Pela frieza com que foi de uma a outra
Vozes que ecoam entre arbustos a beira da estrada
Conselhos, ideias, modos de agir e pensar
Cada qual com sua razão
Mas continuo ali perplexa
Reação a e tentar achar regras para uma saídas
Avalanche de sentimentos
Agora vejo que o que me parecia um caminho
Aonde você teria pegado um atalho
Erra na verdade um labirinto
Não andei para frente
Mas sim em círculos
Em algum momento
Entre meus passos apressados
E seu lado distraído
Perdemo-nos um do outro
E talvez agora descubramos
Que a saída pode ser as saídas
E talvez nunca mais nos encontremos novamente
Para Ale
Da Hellen