PEDIDOS NO LABERINTO

A duvida me consumia e a certeza me corroeu

O imaginar me torturava e ver a realidade me abriu feridas

O medo me trazia pesadelos a falta dele me tira o sono

Caminho percorrido passo a passo sem correr nem pular

Mas ai tua companhia tomo um atalho

A solidão se instala na minha alma

A felicidade lugar a tristeza

Sinto o sorriso sumir e as lágrimas brotarem

Culpo um terceiro, culpo você e me culpo

Olho no espelho achando defeitos

Para em silencio o coração acelera

Puxo pela memória velhos arquivos do passado

Momentos bons e ruins confundem-se

Paro na beira do caminho a contemplas a paisagem

Antes colorida hoje preta e branca

Ouso o vento e mais nada

Nenhum cantar de pássaro ou qualquer outra vida

O cenário e o deserto na ignorância do desrespeito

Como pensar em futuro

Quando o passado foi fantasia

E o presente uma mentira

Agora horas depois dos acontecimentos

Minha visão esta turva

Meu paladar amargo

No ar o aroma e um cheiro enjoado

Meus ouvidos parecem escutar palavras distantes

E aqui imóvel por medo de sentir o tato

Que antes queimava minha pele de paixão

E agora gelaria ate meus ossos

Pela frieza com que foi de uma a outra

Vozes que ecoam entre arbustos a beira da estrada

Conselhos, ideias, modos de agir e pensar

Cada qual com sua razão

Mas continuo ali perplexa

Reação a e tentar achar regras para uma saídas

Avalanche de sentimentos

Agora vejo que o que me parecia um caminho

Aonde você teria pegado um atalho

Erra na verdade um labirinto

Não andei para frente

Mas sim em círculos

Em algum momento

Entre meus passos apressados

E seu lado distraído

Perdemo-nos um do outro

E talvez agora descubramos

Que a saída pode ser as saídas

E talvez nunca mais nos encontremos novamente

Para Ale

Da Hellen

Deusa Afrodite
Enviado por Deusa Afrodite em 07/01/2016
Código do texto: T5503493
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