Meu suicídio

Querido psiquiatra ando tendo pesadelos, não!! Não é somente quando estou acordada, mas também quando estou dormindo.

Não consigo dormir direito, sempre acordo com medo, ela pegou meus remédios e eu te dou a razão. Pois havia enxido a cara e tomei tudo o que pude depois de uma pequena discussão.

Passaram-se uns 10 dias de sono profundo, lembro-me de pouca coisa, quase nada, não me lembro praticamente de tudo.

Acordei estava em seu quarto fora numa manhã de sábado que pude entender o que fiz.

Era aniversário da pequena, princesa sofia era o tema, e eu fiz para não sair de cena, não foi o papel de Cinderela mas representei bem a bela adormecida.

Não sei exatamente o motivo poderia escrever-lhes um livro mas saiba que um filósofo já começará ele para mim.

Por favor, te dou de presente, chama-se as dores do mundo, sim é aquele mesmo de quem um dia lhe falei. Não, não sofro de amores, não foram as minhas dores que me deixaram assim.

Com poucas palavras descrevo e te digo, não se podem dar abrigo a um ser assim como eu, pois não fora a primeira vez e por mais que eu não queira, meu bem, um dia terei de partir.

Estava tudo programado, meu suicídio teria vingado se ela não tivesse me encontrado e fora exatamente naquele estado, meu corpo jazia largado, naquele chão, dentro quarto em que encontrarás o que restará de mim.

E foi naquele desespero, de acordo como me contas que me dei conta de que a tenho e que não há pessoa no mundo que mereça essa minha vida, mesmo sendo tão vagabunda, da melhor forma possível. Veja só o que aconteceu, meu suicídio rendeu mais palavras que amigos.

Lleimaj D.