A verdadeira beleza
Eu queria não pensar em você. Não falar sobre você. Não me lembrar do “nós” que há tanto não existe mais, que se tornou mais um nó na minha cabeça e no meu coração. Sinceramente, o que eu menos queria era estar escrevendo sobre você, ainda mais sabendo que não vai ler sequer uma linha; quem dirá se importar com o que eu sinto. Mesmo não querendo nada disso, concluí que, se nada escrevesse a respeito, não seria eu. Estaria inutilmente lutando contra minha natureza, contra minha verdadeira essência. Escrever faz parte de mim, mais do que um dia você fez. O que me deixa feliz, mesmo sabendo a razão pela qual elas nascem é que, diferente de você, minhas palavras jamais me abandonarão. Elas sim são parte de mim. De um modo que nada, nem ninguém, não foi e nem nunca seria.