31 de maio de 1999, jornal "O Globo"
31 de maio de 1999, jornal “O Globo”
Miguel Carqueija
Sob o titulo “Direito à vida” saiu nesta data a seguinte carta de minha autoria:
A questão do aborto é muito mais grave do que se procura dar a entender e tem de ser enfrentada pela sociedade, se quisermos evitar coisas como esse comércio de papa-defuntos. Uma civilização abortista já não pode se escandalizar com nada, pois agride o direito natural à vida que existe desde a concepção, abrindo as portas para as demais aberrações. Os abortistas dizem às vezes que o nascituro não é uma pessoa, mas um “projeto” de pessoa. Ora, projeto é abstração, é o que os casais fazem quando planejam sua prole. O bebê de ventre é concreto, com sangue e células e um código genético único no universo. Não se gera para matar, e os legisladores têm de enquadrar o aborto provocado como assassinato, feticídio. É preciso também punir o homem que faz aborto, em vez de considerar o ato somente da mulher.
NOTA: em certa época da minha vida eu escrevi muitas cartas aos jornais.