Era pra ser um dia como outro qualquer
Oi, "pseudo" amor. Você sabe que dia é hoje? Obviamente que sim. Mas você sabe o que esse dia representava pra mim? Você tem ideia do que esse dia ainda representa pra mim? Você tem alguma noção do estrago que esse dia trouxe à minha vida, ao ganhar o significado que ganhou dois anos atrás? Será que você realmente tem ideia do quanto eu te amei? Do quanto pode ser que eu ainda te ame? Você consegue ter ciência do tamanho da ferida que seu egoísmo e sua visão egocêntrica do que é o amor e o verbo amar, abriram em meu coração? Por falar em feridas, você conhecia cada uma das que me foram abertas antes mesmo de te conhecer. Você soube de todas as lágrimas que derramara até então em minha vida. Você sabia que elas estavam cicatrizando quando passamos a viver juntos? Quando eu ainda acreditava que havia encontrado a pessoa certa, o "amor dos meus sonhos". Quanta tolice. Quanta estupidez. Você não somente foi igual a todos que antes passaram por minha vida. Você conseguiu ser bem pior do que todos eles juntos. Queria muito acreditar que aquele amor que você dizia sentir e declarava com veemência ao mundo, realmente fosse verdadeiro, realmente fosse sincero. De fato fosse meu. Hoje vejo que ele não pertence a ninguém, se é que existe. Hoje, vejo que talvez nem a si mesmo você ame. Quem brinca com um, brinca com vários; até sentir na pele a imensidão da dor que o engano causa. Ou nem assim. Dizem que aprendemos no amor ou na dor. Tenho minhas dúvidas. Quantas vezes ouvi você dizer que havia passado pelo mesmo que eu? Acredito que várias. O que aprendeu com o tal do sofrimento descrito? Nada. Absolutamente nada. Não sei se odeio a você por ter me feito tão mal (e ainda estar fazendo, mas não como antes) ou se odeio a mim por me permitir ainda pensar em você. Ainda sentir você. Ainda lembrar de cada um daqueles beijos, dos toques, das carícias, das falsas promessas que eu acreditei que seriam cumpridas. Mas sem muita delonga, datas como essa, não costumam passar em branco pra ninguém. Pode ser que você tenha me amado, mesmo que por pouquíssimo tempo; pode ser que nunca tenha sentido nada, enganando principalmente a si mesmo, não tanto assim a mim. O que posso dizer pra finalizar? Você também vai se lembrar.