Pijama de seda

Enquanto voce se entretém com o luar e os cafés de Aparecida - deve ser meia noite aí agora - xô fazer uma rápida referência ao pijama de seda. Pois sim, tive um. Cor entre o grená e o bordô. Custou uma

bagatela e foi comprado num supermercado em Jacarta, faz uns 26 anos.

Feito na China, tinha uns bordados e babados que faziam-no parecer roupa para o sono de um dignitario. E no entanto, não fui movido pela vontade de usá-lo. Pensava até em daálo de presente a alguém, papai, um dos irmaos (mais possivelmente o César que em altura, ou baixura, regula comigo).

Quanto à peca, mais que apreco, era mesmo o preco: uma ninharia. Uma amostra de que quando a China entrar no mercado global, a concorrência tá f. (de fulminada, tá?)

E fui dormir com a ideia da boa intenção - mas desnudo feito um santo inocente - e num dia que era belo quando acordei já não vi o pijama não. Lina, que o havia achado horroroso deu um digno mas misterioso sumiço nele.

Quem sabe numa hora dessas é o César que poderia estar sendo sedado por sua maciez. E se a cor pouco incomoda no breu, pra que pensar em moda, pergunto eu...

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 16/10/2015
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