Carta-poema...

Por mais que

eu te queira esquecer,

o insucesso

há de pautar ,

todos os meus

momentos vivos,

no esforço vão

dos passos meus,

que sem sucesso

mesmo que eu

o não proclame por altivo.

Sofro também,

só por saber

que mãos não minhas

vão te tocar...

A te afagar

tão sequiosas

de terem entre elas

o que só se advinha

no amor que sabes

ser..Tão franca e dulçurosa.

Fazes -me bem .

E tu o sabes ,minha linda,

pois todo amor,

que me pões à entrega,

diz-me o quanto

há nos unindo,

sobretudo agora e ainda,

que pouco a pouco,

me falecem os teus encantos

que eu quiz só meus

num egoismo que insensato,

Mas que fazer

se me embriagaste loucamente,

que eu já não posso

nem compreender

todos meus atos,

pois já nem sei

se sou conteúdo

ou continente.

Sofro ao pensar

que outro braço,

outra boca

te acaricie no correr

de estranhas horas...

E que te entregas

deslumbrada e mais..

tãolouca

no prazer dos sonhos

que alimentas agora..

Não será , amor,

tudo tão fátuo e vazio.

quão passageiro..?

Não terás então saudade

desta afeição

que tão sincera

e verdadeira?

Será que o escambo

não te foi falso

e tão frio?

E a mais valia.

refletiu todas verdades?

Vence a razão

ou tu te perdes por inteira

Na fria análise

dos fatos não vividos.

Na presunção

de uma tranquilidade certa...

Na ilusão,

do custo/benefício.

Causa-me pena e dó

por este teu olvido..

Devo sair..

E estás de tudo isto certa ?

É teu o arbítrio...

São meus os ossos do ofício.

kauffmann
Enviado por kauffmann em 02/10/2015
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