Outra noite que se vai...

Outra noite que se vai...

Outra noite que se vai... Faz-me lembrar das luas passadas. Inda que seus olhos, o brilho refletisse, mas as mãos tremulam desciam e se apertavam entre as outras. Via que suspirava ofegante o poeta estendeu-lhe os lábios, e este, a beijou. Quis-se fugir do destino, fugir da realidade, era demasiadamente tarde. Era envolvente este momento, tal qual se deu à alma o arremesso esperado. Não que tenha previsto este intento! Mas que o destino é dono de eternos corações dos quais não se sabe o homem. Foi deixando pra trás o mundo! Agora, era de estarem estes ligados. O céu se abriu em estrelas, uma delas, cadentes, caiu. Deu tempo de um pedido fazer. Olhou-a nos olhos, beijou-os. Fez-lhe o pedido. As estrelas se encarregarão de sede-los ou não. Eu que vinha este enlace apaixonado, agora sou amado, é que se trata de uma mulher envolvente, que me agrada a alma, senão as de Homem, amado por ela. Via isso em seus olhos. Era de saber, os olhos fitados nos dela, não os parou. Aquela noite poderia dizer dos amantes, em todas, aos cantos e recantos de Rio Manso, se via enamorados entre laçados pela magia noturna. Loucos e apaixonados, feito estrelas, eles se madrugavam, olhando estrelas nos céus, espantavam a solidão se existiam antes. Se ontem a saudade era mantida acelerada, ao pé que hoje, é carinho, ternura e amor. Na experiente descoberta dos amores, cuidados e afetos vão além do simples gostar. Para quem as dedica ao amor intenso pode fazer impossível por alguém, ou tudo acaba se a noite se foi, senão a fogueira deste amor alimentar, seria demasiadamente fugir da realidade vista. Dos amantes, era assim intitulada esta noite. Podem-se contar os beijos, estrelas não! Dever-se-ia de contar estrelas sem se dar conta ao final. Eles ficaram aos beijos e abraços a olharem estrelas, vaga-lumes, sussurros nesta noite estrelar. Eis que a vida nunca mais foi à mesma depois daquelas noites luarentas. Contigo quero estar.