NÃO APAREÇA SEM AVISOS!
Não me importaria se pela porta chegasse um vulto que há muito sofro pela espera!
Mas sofreria a dor de ver quem tanto me maltratou neste tempo ido!
Pensaria muito antes de soletrar uma palavra sequer...
Talvez nada diria ou
tudo falaria!...
Talvez negasse a oportunidade de fitar seus olhos novamente!...
Talvez não hesitaria, mandava-lhe afora buscar outras paradas!
As cicatrizes, certamente, abririam suas fendas voltando a sangrar!
O coração sem pressa relembraria o pesado envoltório que a sua presença causa!
As mãos clementes não poderiam se esquivar em estender-se às suas,
mas não se esqueceriam de lhes mostrar outro rumo!
Neste ilogismo de hora,
talvez fosse melhor não surgir para não enfeitiçar minha noite outra vez!
©Poeta da Solidão
16.06.07
João Pessoa- PB