NÃO APAREÇA SEM AVISOS!

Não me importaria se pela porta chegasse um vulto que há muito sofro pela espera!

Mas sofreria a dor de ver quem tanto me maltratou neste tempo ido!

Pensaria muito antes de soletrar uma palavra sequer...

Talvez nada diria ou

tudo falaria!...

Talvez negasse a oportunidade de fitar seus olhos novamente!...

Talvez não hesitaria, mandava-lhe afora buscar outras paradas!

As cicatrizes, certamente, abririam suas fendas voltando a sangrar!

O coração sem pressa relembraria o pesado envoltório que a sua presença causa!

As mãos clementes não poderiam se esquivar em estender-se às suas,

mas não se esqueceriam de lhes mostrar outro rumo!

Neste ilogismo de hora,

talvez fosse melhor não surgir para não enfeitiçar minha noite outra vez!

©Poeta da Solidão

16.06.07

João Pessoa- PB

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 24/06/2007
Código do texto: T539557
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