Tua sina, frio coração.
Fosse de ti, insana criatura tolhido o véu das alegrias
Sobre negro manto de amarguras e tristezas reinarias absoluta.
Soberana dos males e ais de dores e amores desencontrados tú,
E ninguém mais profanaria cálido sentimento que jamais conheceste.
Medusa infame e cruel criatura, desconheces o amor pois o profanaste
E violaste o mais sagrado manto que por ciúmes e insanidade desejaste.
Tú, com suas mágoas e feridas, que sangraste frias dores
Desfizestes amores, dor e pranto derramaste.
Sombras e tristezas te serão por dias, ausências companheiras das noites pois tú a isso escolheste.
E não mais zombarás dos amantes pois possuirão oque lhe jamais será permitido: felicidade e paz.
Fizeste uma escolha, e o tempo lhe fará recordar todas as horas feito Prometeu, a rasgar-lhe o ventre em malditas e intermináveis noites.
E tuas mãos, gélidas ferramentas do mal que em teu coração habita em nada tocará, sem antes dizimar e destruir como a teus sonhos, fragmentos de maldições perdidas.
Tua escolha te será por sina e teus sonhos, infinitas maldições.