Ao Professor Adércio
Adércio prezado,
a bissextualidade epistolar - ao contrário do sentido que possa sugerir à primeira oitiva - há de ser saudável, creamo-lo! Dá-nos a oportunidade de selecionar assuntos, e poupa o destinatário de
redundâncias.
Nada obstante o lapso de tempo desde que não nos escrevemos, tive, entretempo, a chance de rever Divinópolis. Brevíssima, contudo, deu-se em maio passado, o maio das mães, das noivas e dum céu anil
com que a Padroeira parece cobrir esse nosso Brasil.
A cidade mudou tanto, e segue a mesma, pra mim. E foi um reencontro emocional, que ainda me eriça os pelos e zelos só de recordar. Da próxima, com mais calma, e alma, quem sabe, ainda passo aí chez vous para um cafezinho e sigo na direção da casa da Dona Adélia Prado para
pedir u'as mangas, eu que ainda trepo e não discrepo. As do Brasil que aqui chegam, não aconchegam: são tão bonitas quanto insossas.
Com os votos de um Natal e um Ano Novo de alegrias e felicidades, o abraço do Paulo