Olhos da lua.
Hoje ousei cantar-te em versos, como se possível fosse na essência da palavra atingir o êxtase.
Fiz de sorrisos teus o meu jardim, de imagens molduras sacrossantas, espaço reservado à encantos mil.
De estrelas compus teu nome, e de candura moldou-me a alma.
Não a fiz perfeita por julgar injusto com a beleza compara-la a ti, que a muito se distancia mas linda feito orvalho da manhã em primaveras infinitas.
E teus olhos, faróis a iluminar minha tosca poesia feito candeeiros cravaram-se à minha alma tolhendo-me tristezas que a distância me impôs.
Fiz dos versos não mais que instrumentos e de ti suprema dama sonhos iluminados de certezas e esperanças.
A teus pés ofertei não rimas ou versos, mas poesias de um homem apaixonado que da escura noite não mais teme os silêncios antes, contempla apaixonada lua feito teus olhos, a guiar-me por encantados mundos.
Rendeu-se a solitária lua dos amantes à tua beleza e, prostrada acalentou-me os versos, simples que compus à minha amada.