Repetir não é o meu forte, mas fazer o quê?
Sempre quando eu vou escrever sobre você, sinto que eu devo escrever aqui. Eu não sei porque, velho.
Pareço o Paulo Coelho. - É, não posso usar ele como exemplo, pois ele, já meteu o pau em mim e falou que eu sou um escritor frustrado.
Se eu continuar nessa pegada de repetir as coisas e ser como ele nos livros, pode ser que eu vire um escritor frustrado e sem leitor mesmo, como o mesmo disse.
Então, posso citar outro exemplo. ''Duas Provas de Fogo'' um livro de ficção que eu tinha aqui na pasta e resolvi ler.
O livro começa até legal, mas depois do quarto capítulo ele começa a enrolar.
É tipo, um moleque que vê a mãe morta e tem o pai doido e começa chamar pelo nome de Tereza quando a coisa aperta, e os Crunks aparecem. - Que porra é essa de Crunks?
Enfim, aí, depois ele encontra um amiguinho e é tipo: ''Vamos caçar os Crunks, pois eles mataram o espírito da minha mãe''.
E os Crunks falam: ''Ou vocês matam nós ou nós matamos vocês'' e ficam lá, numa especie de ''Me mate''.
Das duas uma: Ou a tal Tereza, não aparece pros meninos e eles morrem, ou, o mundo acaba, ou, o menino vê que tudo não passou de um sonho.
Então, escrever sobre você já virou os livros do Paulo e também, estou à prova de fogo.
Enfim, é o mesmo blá, blá, blá de sempre... Está cada vez mais difícil esconder o sentimento.
Eu falei pra minha mãe:
- A secretária do Dr. Cláudio é meio chata, mas acho que com a Luana, você pega um pouco pesado. Ela é tão legal.
- Ela não é legal comigo, não. E é muito metidinha.
- Ela pode.
Depois, eu rangi os dentes e saí de fininho e comecei a rir dentro do quarto.
Está cada vez mais difícil, mas eu aguento. Eu aguento.