E outra carta para um Mestre e Doutor (3ª carta)
A primeira mídia humana para transmitir uma ideia ou um pensamento, por ter sido alguns murmúrios associados a alguns gestos, tentando fazer o interlocutor compreender suas ideias e suas intenções. Com a evolução criou-se um vocabulário compreensivo entre os seres. As ideias passam a ser compreendidas pela fala.
E assim estabeleci um processo evolutivo objetivando resultados, buscando meios para um interlocutor ter noções de um problema. E a partir daí buscar ideias e soluções.
Comecei com contatos pessoais e cordiais, até onde pude, e até onde fui recebido. Depois de vários contatos pessoais e interpessoais, percebi e entendi que os santos não faziam milagres. Optei em enviar uma mensagem a deus. Fiz alguns contatos via e-mail, e não obtive resposta. Aliás, tive sim uma resposta. Certa vez enviei um texto que escrevi e foi publicado em um jornal. Recebi a seguinte resposta: “legal”.
Eu acreditava que mestres e doutores, tinham o dom de ouvir e escutar, receber uma mensagem e responder. Assim eu aprendi com dois mestrados em Reiki. Mais a convivência com mestres, doutores e pós-doutores; diretores, coordenadores e chefias de núcleos e departamentos do ensino tradicional universitário.
Todos os mestres e doutores têm seus orientandos, ou procuram ter. Movidos por ação e emoção. E um orientador aprende muito mais com seus orientandos, do que orientandos com seus mestres. Enquanto um orientando se relaciona com um orientador, o orientador se relaciona com vários orientandos. Criando e favorecendo novos pontos de vistas e novos conhecimentos.
Aceitar ideias e sugestões, fortalecer seu conhecimento e seu estabelecimento. O texto enviado era a partir de observações no local. Enviado talvez a um acionista majoritário, que preso a seus afazeres não tivesse ideia do que acontece à sua porta, preso em sua sala sem janela. Para quem chega ao trabalho em um carro confortável com ar condicionado e vidros fechados, com vaga exclusiva no estacionamento. Este ser isolado do mundo não tem ideia do que acontece pelas ruas, já que não admite entrar em seu veiculo aromas, temperaturas e sons. E o conhecimento começa pelos sentidos, pelas sensações organolépticas. As informações das sensações constroem um conhecimento. O homem primitivo se protegeu em cavernas e abrigos, o homem atual se protege em salas e automóveis.
Um texto que fiz, foi enviado a um jornal local. Depois de publicado foi enviado a quem podia dar uma solução. Um suposto mestre, doutor, até mesmo um acionista majoritário. Uma suposta pessoa que tivesse uma tarefa de ouvidoria, um Ombudsman. Aquela pessoa diretamente ligada à diretoria, sem comprometimentos com departamentos, com função exclusivamente de agir para resolver o que não foi
resolvido, por quem não tem a competência, ou capacidade ou o comprometimento, de ver resultados.
O texto surgiu a partir de observações in loco. Percebendo e observando a dificuldade de alunos em atravessar uma avenida, para chegar a um local que supostamente lhes forneceria conhecimento e mudaria suas vidas. No entanto tinham dificuldades ao final de um dia, talvez cansados do trabalho, ou cansados da distancia percorrida para chegar ao local. Muitos chegam de cidades do interior, onde foram conquistados e incentivados para migrar diariamente para a capital e frequentar uma faculdade.
E depois de um dia e tarefas árduas tinham dificuldades em atravessar uma avenida. Conquistaram um lugar no ônibus e um lugar na faculdade, mas não tinham um espaço nas ruas. Não podiam exercer o direito de ir e vir. Não podiam atravessar uma avenida que não tinha sinal para pedestres, não tinha uma faixa de pedestre, que se torna uma faixa de segurança. Uma faixa que proporciona uma travessia com segurança.
Uma rua onde carros não oferecem uma oportunidade de travessia ao pedestre. A maioria dos carros transportando apenas uma pessoa não respeita um grupo que atravessa uma avenida. O homem traz seus arquétipos ao longo do tempo. O motorista tal como um cocheiro leva sua carruagem em alta velocidade puxada por cavalos de potencia.
Portanto em um processo evolutivo, busquei e tentei mídias diferentes para que uma mensagem chegasse ao destinatário com poderes e deveres de solucionar o problema enfrentado por alunos. Usei da mídia impressa para que não só a instituição ficasse ciente dos problemas que aconteciam à sua porta, mas também a sociedade em geral. E também o poder público responsável pela engenharia de trafego ficasse ciente. Aliás, o poder público deveria andar pelas ruas e identificar problemas, uma tarefa lógica.
Utilizei a mídia eletrônica enviando diretamente para um e-mail divulgado em mídias impressas. Por fim, foi publicado o mesmo texto na mídia impressa do alunado daquele estabelecimento. E na mesma edição que foi publicada uma entrevista com o representante maior daquela unidade, assim julguei que o problema seria solucionado. Ledo engano.
Entre Natal e Parnamirim/RN ─ 14/07/2014
Texto produzido para: Internet – Blogs e Sites
TEXTO DISPONÍVEL EM
http://www.publikador.com/estudosacademicos/maracaja/2014/07/e-outra-carta-para-ummestre-e-doutor-3a-carta/
CMEC/FUNCARTE Cadastro Municipal de Entidades Culturais da Fundação Cultural Capitania das Artes Natal/RN
Roberto Cardoso
Jornalismo Científico FAPERN-CNPq