Menina

Menina,

não sei se o que de ti em mim mais alucina é esse teu olhar de cumplicidade, ou se toda esta minha vontade, quase assassina.

Tens tuas reticências, e nossos dois pontos, um sobre o outro, desconhecem o traço de união. Gramática, ou dramática, a nossa situação

sem solução ou polução.

Haverá um fim feliz? O meio, bem sei-o, já mo diz. Para que juiz, se o destino, num desatino, assim nos quis?

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 02/06/2015
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