Ainda que distante.
À palo seco me desfiz dos versos, antes me despi em prantos, e dor e tristezas que me rasgaram por partes a alma.
Sem rimas ou poesias encantadoras e enamoradas cantei versos tristes de dor, e de saudades; de tristezas escrevi meu canto.
Por adeus me deste um beijo nunca sentido, um sorriso nunca trocado, um abraço triste e à distância, apertado, um toque nunca sentido, um amor nunca vivido, nunca amado.
E se de rimas boas e encantadas não posso fazer meu canto acredite: de dor se faz meu pranto, de cinza tinge meu coração.
Mas não posso parar meu ciclo, interromper meu canto.
Devo ainda cantar outros amores, ainda que dos outros mas de amantes que se entreguem às loucas paixões e desesperados beijos, que se deem à tantos desejos que por ti apenas guardo na lembrança, no desejo.
E devo sonhar os sonhos ainda que distantes sonhos de tantos amantes, de tantos amantes.
Assim quando o dia terminar, e não possa mais me lembrar do amor que tive; que se guarde e nunca se perca na lembrança o amor que tive, ainda que na distância, ainda que no tantos sonhar.