É verdade, minha querida amiga, quando descobrimos que fomos traídos, sofremos muito.
   Sofremos pela decepção de termos acreditado de que tínhamos a certeza de que o outro era tudo aquilo o que dizia ser.
   Com isto, descobrimos que fomos traídos por nós mesmos. Nos deixamos cegar.
  O processo em enfrentar a terrível verdade da traição é doloroso, embora tudo seja superável. 
   A beleza da vida está justamente na superação.
  Há pessoas - é bom lembrar - que são traídas pela própria vida e perderam seus dois braços e suas duas pernas, e ainda descobrem um jeito de continuarem atuantes e felizes. 
   Vive melhor aquele que descobre como viver com o novo, com o inesperado, com o imprescindível.
   A gente se acostuma a tudo, até com o que não é bom.
  Vive-se falando no desapego, no quanto é importante se desapegar e tal. Enquanto, na verdade, há o fiel apego aos sentimentos, e aos que nos são caros. Afinal de contas, somos humanos!
   A maioria de nós gosta das coisas das quais conquista e não suporta mudanças.
  Quando se depara com alguma mudança brusca, quase morre.
  E, é essa mesma maioria de nós, depois de morrer, que volta a viver com muito mais força e com maior intensidade. Pedindo a Deus para não morrer novamente.
  Ninguém deseja experimentar uma nova dor, com gosto de dor antiga.
 Minha querida, que eu saiba a vida é uma só. Então, eu vou viver sempre com dignidade e com amor. Esquecendo-me do que não presta e sempre valorizando tudo aquilo que me faz feliz, enquanto me fizer.
Deixo-lhe o meu carinho.

 
Mari S Alexandre
Enviado por Mari S Alexandre em 22/04/2015
Reeditado em 22/04/2015
Código do texto: T5216104
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