Aquelas Árvores.
Deitados debaixo daquelas árvores, com a sombra protegendo aquelas peles brancas. Deitados sobre a toalha na grama, adivinhando quais criaturas as nuvens resolveram copiar. Ela o acariciava levemente o arranhando, as vezes ele a olhava com aquele jeito de quem é manhoso e que deseja beijar.
Sorrisos entre meio as carícias trocadas no rosto ou no cabelo. Ele quis deixá-la no peito para protegê-la daquele mostro no céu, segundo ele, aquela nuvem parecia um enorme dragão.
Ela sorria, e se sentia tão bem, nada ali poderia corromper. Ela olhava o formato do seu rosto e como os cabelos e a barba lhes davam forma. Ele observava aqueles traços desenhados em sua perna.
Ela levantou a mão e com os dedos começou a desenhar o rosto dele, passeava pelos lábios, e aos poucos se aproximara, conseguia ouvir a sua respiração, lábios se tocaram e se trocaram.
Uma linda cena neste pôr do sol, nesta tarde de domingo preguiçosa. Ela abriu os olhos e o pegou sorrindo, mostrou-lhe a língua e na careta que lhe fizestes apenas disse da maneira mais carinhosa o quão bobo ele parecia, mais beijos e mais abraços.
Carícias circulares no peito, guerra de cócegas, lábios sempre molhados pelos beijos, olhares de certeza, beijos no pescoço, abraços e caretas.
Foi assim naquela tarde de domingo que não acontecera, apenas desejado na cabeça dela olhando sem direção para aquelas árvores do parque.