Perdoai.
Está na minha pele agora, foi feito a sangue frio enquanto eu gritava por socorro, todas as palavras estão escritas em mim, e eu sangro. Dói muito e não cicatriza.
E há muita culpa que pesa sobre meus ombros, um peso tão grande que me faz cair. Isso me dilacera tanto, e eu sei que não tenho mais como sair deste inferno.
Todos os dias este mesmo castigo, o de sofrer cortes, o de sangrar, e quase á beira da morte volta tudo ao normal.
Ser ridicularizado vestindo essas máscaras sorridentes, tenho nojo do que sou e do que visto. Meu castigo de amar me colocou nesta cruz.
Os anjos não salvam os inocentes, eles são vaidosos demais, só lutam se a causa tiver ouro! Não pertenço ao futuro... não vejo como continuar.
Perdi tudo, de uma vez só e de repente! Não tenho armas, não tenho forças e nem salvador.
Morrerei, pendurada nesta cruz, com a adaga no peito.
Pedindo perdão aos pecados que não cometi, ao amor que não tive, pelas coisas que eu esperei, por ser apenas um fracasso.