Um Depois...
É tão difícil aceitar os caminhos que as coisas tomaram, esses rumos que não estavam nos meus planos.
É meu querido, eu esperava de qualquer um, menos você. Como é idiota essa coisa de amor e amar que deixa tão bobo; essa besteira de te ver sempre como bem, sempre como anjo, sem pecados nenhum. Enxergando apenas os meus que levaram a este inferno.
Eu não queria sentir mais nada nesta nossa despedida, eu queria esquecer todas as coisas. E você é tão reconfortante e acolhedor, porém, triste.
Foi tão desapontador olhar nos teus olhos castanhos e agora opacos, olhos que perderam o brilho de uma alma de um inocente.
Agora não são mais os mesmo, não brilham pelo coração de ouro corajoso e pulsante. Não são mais confiantes e não olham mais nos meus olhos.
Será que há algo ai dentro ainda?! Ou morrera tudo, eu não posso esperar mais nada de ninguém, nem de você.
Apenas me pergunto se pudera eu te reconfortar. Eu iria te purificar, te tirar todo esse peso e todo esse cinza que cobre o seu rosto e não me mostra mais quem tu és.
Ainda vai ser o motivo dessas palavras escondidas e de outras tantas coisas. Me deixa ir onde você está, pra me certificar que vai estar lá. Vou te mostrar a fé se você acreditar, as desculpas já foram dadas, os lamentos e piedades também, falta só o começo e ele vem de você.
Nunca sinta medo de mim, não há monstros em mim, não é brincadeira.
Quero minha retribuição pelo sofrimento em ser a causa de risos de outros, ainda há palavras soltas pelos caminhos.
Várias cenas foram montadas, nos falta a ação. E se eu não quiser mais agir? As coisas cansam as vezes ou se perdem. Acho que estou quebrada ainda, esperando você juntar todos os meus pedaços nos seus braços e abraços.
Roupas limpas, cócegas no rosto, segurança e medo... leve arrepio.
As borboletas estão me corroendo e me corrompendo. Enquanto me escondo atrás dos traços.