FACES DE MIM
Como a aurora eu me sinto... Iminente e clara
Igualmente ao sol que não me permite morrer
Faces de mim
Como um véu que desliza em meu rosto
No vai e vem dos reencontros
A cada face revelada pelo medo ou pelo desejo
Nas entrelinhas Daquele que não vejo
Nos sentimentos que desperto
Nas emoções que regurgito
Cada uma dessas faces...
Me revela aos poucos, me sangra
A minha imagem? Ou o meu reflexo?
Por vezes... distorcida pelas lágrimas
Por hora... todos os contornos definidos
Mas há tantas outras que ainda não conheço
Aquele véu que não deslizou em meu rosto
Essa também sou eu
Drica Barreto