O Fim.

Foi tudo tão rápido que é difícil de acreditar. Quando eu menos esperei você entrou em mim e ficou... ficou... e marcou. E trouxe paz e loucura no meio da imaturidade, e mistura de tudo ao mesmo tempo.

E eu sei que talvez menos, mas de alguma forma eu te marquei também. E te mudei, e você mudou e continuou e se encantou e me encantou.

E eu me amarrei e me envolvi e descobri que queria ficar quietinha, no canto do sofá olhando você sorrir ao ver o filme e me sentir bem por estar te olhando.

Mas então no meio do filme você decidiu levantar, e chamar outra pessoa para assistir com você o final. Mas eu não soube compreender e resolvi que o filme era meu e que o sofá também. Então você decidiu dizer pra mim que ia ver todos os filmes comigo, até o fim do mundo. E eu sorri, e acreditei.

Quando eu não gostava de algo eu dizia e você fingia que entendia. Até não poder mais prosseguir com algo que não condizia com seu ser. E aí você quis tentar me fazer crer que 1+1=3. E eu decidi mudar a matemática que eu tinha aprendido antes e acreditar que seu cálculo estava certo. Mas no fundo eu sabia que não... E isso não condizia com meu ser.

E então eu não pude mais confiar nos seus cálculos e tentei te ensinar como calcular do meu jeito... No começo eu achava que estava funcionando meu método de ensino inovador, até que o aluno me mostrou que não adianta o esforço do professor se ele quer continuar calculando do seu jeito.

E então como dois lutadores ao final da briga estávamos ensanguentados, já sem armas e cansados de digladiar. E você como primeiro lutador se pôs de pé e decidiu emanar superioridade e sair. E eu que guardava o golpe final fiquei com espada empunhada parada e prostrada a sua frente sem entender como pode um lutador abandonar a luta.

Mal eu sabia que quem estava ganhando a luta era eu. Por que o lutador que saiu não deixou a arena com superioridade, mas com a inferioridade de quem precisa se esconder.