Antes tarde do que nunca
Então, de repente, ao ouvir algumas músicas, bate aquela saudade; ou falta; ou carência. Aí, um filme, ou vários filmes, passam em sua mente em poucos minutos. Você se questiona: como pode? Como pode você acreditar tanto, sonhar tanto, planejar tanto, se dedicar um tanto mais, para no fim, ver os mesmos "filmes" acabarem da mesma forma? Então, a dúvida maior: até que ponto valeu a pena? Arriscar, apostar, sonhar, querer. Até que ponto jogar tudo pro alto, sem pensar nas consequências, teve seus benefícios? O que se ganha? O que se perde? O que é que dá pra relevar e o que jamais será esquecido? Aí você se vê num "redemoinho", em um precipício no qual você não sabe até que ponto a queda será dolorosa. O quanto você sairá machucado ao atingir o "chão". Já foram tantas apostas frustradas. Tantas decepções. Já atingi as estrelas, bem como o fundo do poço. Cada um com suas peculiaridades. Com suas verdades e mentiras. Já me reergui, bem como já voltei a cair. Sempre com algum aprendizado. Sempre com a perspectiva do "copo meio cheio", lembrando sempre que "poeira alta, cega a visão". Mas quem não se sente cego demais ao abrir os olhos? Ao se deparar com a verdade? Tão complexo, não? Um tanto quanto confuso, não? Mas, como já ouvi diversas vezes, tudo passa, tudo muda, tudo acaba, nada é pra sempre. "Nada é pra sempre". A frase que mais martela em minha mente. Se nada é pra sempre, para que cargas d'água iniciar algo com um pensamento desses, com uma ideia da qual nem todos compartilham? Difícil. Mas pra finalizar: não acredito em contos de fadas, não acredito em mar de rosas. Acredito que nada é perfeito, bem como uma amizade ou uma relação amorosa não são um brinquedo. Um "artigo de luxo". Algo que, se quebra, você descarta sem saber se há conserto ou não. Acredito sim, que tudo na vida tem suas adversidades, suas dificuldades. Turbulências! Não são todos que estão preparados para lidar com isso. Para sobressair-se a isso. E é por isso que, a cada dia que passa, venho me convencendo de que, ao menos amorosamente, antes estar "só", do que mal acompanhado.