Cartas de uma protagonista (6)
Sem saber a razão do teu silêncio, temo ser inoportuna minha carta. Mas permita Deus que o medo que invade minha alma seja apenas fruto de minha imaginação. Não serei capaz de uma recuperação favorável se não voltares a se comunicar. Essa distancia me custa caro, visto que as pessoas sempre falam a vosso respeito e me julgam sem fundamento. Que tua nobreza tenha piedade do meu desespero.
Envia-me um mensageiro depressa, e perdoa a agonia em que me encontro, mas a falta que fazes tira o juízo que resta a vida humilde que levo em tua ausência.