Rasga o peito, coração.
A teu lado, tímida poesia se cala ao brilho dos olhos teus.
E na mansidão desse silêncio eternizado, teus olhos a guiar-me no infinito paraíso dos teus olhos, dos teus sonhos.
Rio, girando aos vendavais dos quatro ventos.
Teu beijo, ah teu beijo, tal qual bálsamo encantado a curar-me das chagas da angustia e da solidão; navego mágico mar dos beijos teus.
E nada habita o coração do poeta que antes a solidão e o desassossego até que a luz o venha resgatar, e preencher todos os vazios de sua alma atormentada, os teus silêncios.
Quem ousa calar do peito o coração quando aos gritos pulsa ardente um amor que não lhe cabe , quem lhe pode calar?
Rasga o peito e a alma, rompe-lhe o silêncio e o medo, rouba-lhe a calma. Ama simplesmente.