Gestação de um tempo

Mais um tempo que chega ao fim, desencontros encontrados e nos meus olhos o balanço ilusório para voltar a arrumar a casa.

Mais um tempo nas estações do ano onde o ciclo se evidenciou, as palavras, os sentidos, a comunicação, o verbo nas fronteiras flutuantes, onde fui ferro e fogo, área de ausência, indiferença em linhas paralelas.

Gestação de um tempo no papel calado para que as faces lidas não ferissem argumentos!

Como eu gostava que me entendessem ao dizer tudo o que senti e sinto e com certeza não estaria aqui para muita “gente” mas no saco da minha consciência pari opiniões e fui compreendida e adormecia no colo da vossa voz.

Durante muito tempo nunca fui uma pessoa reservada, falava da minha vida sem pestanejar com dinamismo, lealdade, determinação….Hoje omito detalhes com a certeza que dou o que tenho e me resta sim a esperança de encontrar reciprocidade nos que amo e me elaciono.

Já é tão tarde para interpretar os dias, as mágoas, as tristezas e alegrias que apenas me resta os sentidos…os passos, enquanto colho por metade ilusões com lucidez e me reconheço.

Um ano de poesia, entre o trabalho e os amigos. Contudo se quiserem enterrar alguma coisa, enterrem os meus erros, as minhas fraquezas a alma, essa, eu peço que ofereçam a Deus!

Pois que um poeta não diz: eu faço poemas!!!

Tenham um 2015 virtualmente abençoado.

Helena Correia
Enviado por Helena Correia em 22/12/2014
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