Dia dos Namorados
São Paulo - 12 de junho de 2005
A você...
... que faz desse dia o pior do ano, a quem minha lembrança visita quando vejo um, apenas um dos trezentos casais apaixonados a minha volta. À você, que está tão longe da minha presença, mas está sempre a minha volta, nas músicas, nas cicatrizes e nas roupas que me fazem lembrá-lo.
À você que se instala na minha mente quando outra pessoa diz as frases que você costumava dizer, ou quando outra pessoa menciona o seu nome para comentar o quão atrapalhado e bobo você é.
À você que faz dos pequenos momentos grandes, que faz de meus momentos sozinha um caso à parte, que traz ao meu peito aquele arrepio estranho que costumeiramente corre a espinha, que me abala com um sorriso e com uma lágrima, que me traz sorriso e lágrima.
Só você me leva a valorizar uma frase, um toque, uma brincadeira de mau gosto, um tropeço atrapalhado, um gesto de vaidade, ou de bondade, ou de carinho, ou o que eu interpreto como amor, aquele que eu necessito mais do que tudo, principalmente nesse dia, em que minha alma se faz tão carente.
As coisas que os outros dizem não são tão belas se não saírem de sua boca. Uma outra palavra de consolo não me consola como a tua. E só o teu sorriso é capaz de iluminar mais do que mil sóis.
Você é a única pessoa que me leva a chorar, a passar horas a mais acordada só para ter a esperança de ser correspondida, ou de apenas ser compreendida.
Meu humor só depende de tuas palavras, de tua atenção, ou não. E hoje, nesse dia, é a tua ausência que faz meu humor tão negro...
Antes de tudo, e somente, sua amiga